Um grupo de manifestantes da categoria conduziu um gesto de imensa irresponsabilidade ao invadir, na noite de 4/6, o quartel central dos bombeiros - um bem público e santuário da corporação.
Esse grupo qualificou de "manifestação pacífica" a invasão para a qual levou crianças junto a marretas, utilizadas em agressões. Ninguém planeja levar marretas para "manifestações pacíficas". E é incomensurável a gravidade de unir armas a crianças - expondo-as a todo tipo de risco - por parte daqueles que se apresentaram como líderes da manifestação.
A imprudência dessas pessoas com seres inocentes, com a ordem pública e com as suas próprias regras hierárquicas deve e está sendo punida.
Houve aqueles que, induzidos pelos que conduziram essa manifestação, aderiram inconsequentemente à invasão. Somando os ditos líderes da manifestação com os que se deixaram induzir por eles chega-se a 439 representantes dos bombeiros presos pela irresponsabilidade de seus atos.
Bombeiros são homens bravos que salvam vidas. Repito: são 17 mil no estado. Bombeiros que honram a sua farda jamais levariam crianças como escudos humanos inocentes a um ato contra a ordem pública como este, iniciado com uma invasão do quartel.
Invasão, por si só, já é um confronto.
Com marretas, é planejar uma possível batalha.
Com crianças, é um crime.
Os milhares de bombeiros, que orgulham o nosso estado e são leais à premissa do salvamento, têm e merecem do Governo do Rio de Janeiro o diálogo - sempre e reafirmadamente aberto - no caso, por meio das secretarias de Saúde e Defesa Civil; de Governo; e de Planejamento e Gestão.”
Sérgio Cabral
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